Igreja
descobre o potencial de ferramentas virtuais como Twitter, Facebook e blogs
para a obra de Deus e a pregação do Evangelho.
Por Rafael Dantas
Já lá se vão uns 15 anos da consolidação da
internet como meio de comunicação, interação e informação. O advento do
universo virtual, primeiro através dos computadores pessoais e, ultimamente,
por meio de notebooks, iPads, tablets e muitas outras maravilhas tecnológicas,
mudou definitivamente a humanidade, numa mudança que pode ser comparada, em
abrangência e efeitos, à Revolução Industrial do século 18. Presente em todos
os segmentos sociais e em praticamente todas as atividades humanas, a
informatização já superou antigas barreiras e temores de pessoas mais
conservadoras, que temiam a substituição do ser humano pela máquina. Isso
porque, incorporada definitivamente à sociedade contemporânea, a internet é
hoje parte essencial do aparato de qualquer pessoa, seja no ambiente de
trabalho, no lazer, nas relações sociais, e, por que não dizer, na vida
espiritual. Um dos últimos segmentos a render-se aos encantos da grande rede, a
Igreja já não vê mais no computador uma ferramenta do anticristo. Ao contrário
– em meio a uma geração que já nasceu plugada, a informática é hoje usada na
evangelização, na edificação e na comunhão entre crentes do mundo inteiro. É um
tremendo campo missionário, ainda praticamente inexplorado pelos crentes.
Com a presença cada vez maior de internautas on
line (quase 75 milhões de brasileiros fazem uso regular da grande rede, segundo
o instituto Ibope Nielsen), a web já é um dos espaços mais frequentados pelas
pessoas, que ali se comunicam umas com as outras, trabalham, estudam, se distraem,
programam a agenda e fazem compras. Grandes redes sociais, como o Facebook e o
Orkut, já têm mais pessoas como membros do que a população de muitos países.
Além disso, a vida virtual ganha cada vez mais horas do cotidiano do homem
moderno. O Brasil, por exemplo, é a nação onde o internauta passa mais tempo
conectado – uma média de 19 horas e meia por mês, segundo o Ibope Inteligense.
Diante de números tão expressivos, a Igreja desistiu de demonizar a web e
passou a usar suas múltiplas possibilidades para exercer atividades que lhe são
essenciais, como a evangelização, o ensino bíblico, a comunhão e até a oração.
Das simples mensagens por e-mail com conteúdo cristão, os crentes passaram a
propagar sua fé nos chats e nas radiowebs, sem falar nos microblogs, na
transmissão de cultos em tempo real e nos aconselhamentos virtuais. É o Reino
de Deus tornando-se acessível a um simples clique de mouse!
Entre os grupos religiosos que exploram a web, os
evangélicos estão entre os pioneiros, ao menos no Brasil. Segundo pesquisas
realizadas pelo antropólogo Airton Jungblut, professor da Pontifícia
Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, entre os chats de conteúdo
religioso, os evangélicos são os mais procurados. Na sua tese de doutorado Nos chats do Senhor, o estudioso mensura diversas
características do comportamento religioso na net, mapeando o interesse tanto
de discutir questões relativas a fé como de converter outros às suas doutrinas.
“As razões históricas para esse movimento é que os evangélicos sempre fizeram
um uso mais eficiente dos meios de comunicação de massa”, avalia Jungblut. “No
passado, o uso da imprensa pelos protestantes foi fundamental para o seu
crescimento. Além disso, a forte prática em busca de conversões faz com que se
usem de todos os recursos possíveis para divulgar seus pontos de fé.”
Uma
das características descobertas na pesquisa do professor é que essas ações na
internet se davam muito mais de forma individual do que institucionalmente.
Dois comportamentos que diferem aqueles militantes da fé que estavam nos chats
das lideranças religiosas que buscavam se inserir na web foram identificados.
“Um grupo de internautas usava a ferramenta para criar espaços de sociabilidade
entre evangélicos, um uso não propriamente religioso. Por outro lado, havia
aqueles que tentavam fazer da web uma extensão da igreja, reproduzindo algumas
rotinas, como estudos bíblicos”, cita o professor.
Seara virtual
Seara virtual
- O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à internet
- Quase 75 milhões de brasileiros são internautas
- 63% dos internautas brasileiros têm idades entre 15 e 35 anos
- No Brasil, existem entre 20 mil e 30 mil blogueiros evangélicos
- A União de Blogueiros Evangélicos tem cerca de 15 mil filiados
Fontes: Ibope, F/Nazca e Quest Inteligência de Mercado
http://cristianismohoje.com.br
Rede Juvenil Shabath
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