Não foi fácil voltar para casa. Na verdade, peguei uma vereda alternativa, esperei a penumbra
e entrei em casa pela porta dos fundos, pois não gostaria que as pessoas me vissem e muito
menos que me identificassem. Afinal, fazia semana que eu saíra de casa, pela porta da frente,
muito festejado: minha esposa e meus filhos acenavam com folhas de palmeira, cantando
e chorando, um misto de alegria e apreensão; meus vizinhos, idosos e crianças, me
cumprimentavam com a esperança de que o futuro tão desejado estava chegando.
e entrei em casa pela porta dos fundos, pois não gostaria que as pessoas me vissem e muito
menos que me identificassem. Afinal, fazia semana que eu saíra de casa, pela porta da frente,
muito festejado: minha esposa e meus filhos acenavam com folhas de palmeira, cantando
e chorando, um misto de alegria e apreensão; meus vizinhos, idosos e crianças, me
cumprimentavam com a esperança de que o futuro tão desejado estava chegando.
Todos depositavam em mim suas expectativas de que chegaram ao fim os sete anos de opressão:
de gado roubado, lavoura saqueada e de filhos assassinados. Muito emocionado, acenei para eles
e fui atender ao toque da trombeta que convocava os homens de Israel para lutarem ao lado de
Gideão, contra os midianitas.
de gado roubado, lavoura saqueada e de filhos assassinados. Muito emocionado, acenei para eles
e fui atender ao toque da trombeta que convocava os homens de Israel para lutarem ao lado de
Gideão, contra os midianitas.
Hoje, era diferente, era o dia da volta, entreguei ao comandante a provisão e a trombeta, pois
quando soube que nossas armas eram trombetas, cântaros e tochas, me filiei à maioria dos outros
vinte e dois mil soldados que assumiram publicamente sua covardia e timidez, afinal é melhor um
covarde vivo, que um herói morto. (Juízes 7:3,8). Só ainda não sei o que dizer a minha esposa e
filhos, mas eu sabia: o homem da casa era um covarde.
quando soube que nossas armas eram trombetas, cântaros e tochas, me filiei à maioria dos outros
vinte e dois mil soldados que assumiram publicamente sua covardia e timidez, afinal é melhor um
covarde vivo, que um herói morto. (Juízes 7:3,8). Só ainda não sei o que dizer a minha esposa e
filhos, mas eu sabia: o homem da casa era um covarde.
Esta me parece ser a crise atual dos homens, pois estão cada vez mais se submetendo a jugos,
opressões e sistemas iníquos, silenciados pela conveniência de continuarem vivos, mesmo que à
custas de sua integridade e autoridade.
opressões e sistemas iníquos, silenciados pela conveniência de continuarem vivos, mesmo que à
custas de sua integridade e autoridade.
Que Deus me ajude a caminhar com os poucos que exercitam a fé, mesmo com risco de suas vidas,
e não com aqueles que precisam explicar em casa, tamanha covardia!
e não com aqueles que precisam explicar em casa, tamanha covardia!
Rede Juvenil Shabath
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